Prosa

 LUCAROCAS A ARTE DE SER
Arte em todos os sentidos


Aqui serão postados textos do Lucarocas, 
alguns estão em livros, outros apenas em plataformas digitais.

Boa Leitura!






FALANDO DA GENTE

 

Sempre irão falar da gente seja por bem ou por mal. Se falam é que estamos vivos, e damos motivos.

Há os que falam por inveja, e esses estão mortos nos seus sonhos, e não conseguem ver o outro sonhar.

Há os que falam de bem, e compartilham a energia da conquista sem se interessar na conquista do outro.

Nos tempos atuais ser falado, seja de que modo for, traz uma renovação de viver para os que falam, e para os que são falados.

Conheço muitos que de tanto falar mal dos outros, hoje estão esquecidos nas lembranças dos falares. Assim como conheço os que falam de bem e estão sempre nos pensamentos bons de quem foi lembrado.

Nós que fazemos a EDILUAL – Editora Lucarocas Artes e Letras também recebemos referências de falares, falares de várias formas: tanto de bem como de mal, e cada vez que o nome da Edilual é citado nos acende uma luz de uma energia boa, pois os que falam de bem superam os que falam de mal, e isso é luminosidade plena.

Assim sendo criamos em nossa página www.edilual.com.br um espaço para os depoimentos dos que fazem a Família Edilual.

Vejam o que falam da gente.

 

                                    Edilual abraço, Lucarocas a Arte de Ser

 

Acesse: https://www.edilual.com.br/p/depoimentos.html

 




                                     LEMBRANÇAS DO RÁDIO

                                                Lucarocas Escritor

 

Lembro-me do meu tempo de menino quando na casa dos meus avós nos colocávamos ao lado do rádio Semp, um aparelho amarelo que repousava sobre uma mesa de madeira, que era a única mobília da sala, para nos encartar com as vozes melodiosas que transmitiam as notícias do mundo, e que o meu avô justificava a veracidade através da sua sabedoria de sertão.

Quando menino ainda, mas já um pouco crescido, morando em Fortaleza, dividia a pobreza e a amizade com o meu amigo Orlando de Oliveira e, muitas vezes, contávamos moedas para juntá-las e comprarmos na bodega da esquina um copo de refresco de maracujá, seis bolachas Cream Cracker que dividíamos em partes iguais. Do troco que não sobrava comprávamos duas pilhas pequenas para alimentar um radinho cinza de marca Cibrig que “gasgatiava” um som feliz por ser abastecido, o nos fazia feliz no prazer de ouvi-lo.

O rádio era companhia tanta que meu pai, em sua grandeza de amor, me atendeu o pedido de comprar um para mim.

Comprou um rádio portátil que não tinha mais do que dez centímetros quadrados. Vermelho, com uma alça preta, e um maravilhoso fone que me embalava na rede que eu o pendurava, e juntos dormíamos ao som do meu sonhar e despertávamos na pobreza feliz, e na grandeza do amor de meu pai que passou quase um ano pagando prestações na Mesbla.

Através do rádio o meu imaginário crescia ouvindo cantorias pelas manhãs ou forrós nos finais de tarde. Imaginando locutores e me tornando um deles. Nunca quis de fato essa profissão, pois sabia ser o rádio a paixão que prende, e eu ser ave de arribação.

Cresci amante do rádio. A minha própria voz circulou país a fora nos mais diferentes recantos quando a minha poesia chegava aonde não imaginava.

Hoje o rádio me faz dormir e me faz despertar. Acompanha-me em viagens que faço, ou quando pouso em qualquer porto.

A tecnologia permitiu a mudança da maneira de como se ouvir rádio, de como se fazer rádio, de como se criar rádio.

Hoje possua a minha própria rádio, a Rádio Web Lucarocas.

As vozes do rádio foram vozes que marcaram a minha vida em toda a sua trajetória.

O rádio hoje amanheceu em um silêncio de prece, e o meu coração em uma prece de silencio para reverenciar umas das vozes mais marcantes da radiofonia brasileira. A voz de Narcélio Lima Verde.

Em silêncio encerro essas Lembranças de Rádio.

 

Fortaleza, 26 de janeiro de 2022.

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Lucarocas a Arte de Ser

(85) 98897.4497

lucarocasaartedeser@gmail.com

www.lucarocas.com.br

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UM HOMEM QUE NÃO MERECE MORRER*

                         Lucarocas Escritor

 

Quando um homem traz no olhar a mansidão da prece, e no coração uma alma iluminada merece vida longa.

Vida para trocar olhares num sorriso de paz, que falará no silêncio da compreensão de cada um.

Tempo longo para buscarmos entender o seu coração que se acalma na dor, e na felicidade ilumina com o melhor sorriso, que só os espíritos de luz são capazes de transmitir.

Entender a paciência desse homem é maturar na fé e descobrir nos milagres de cada dia a existência de um poder divino.

Um mortal como qualquer filho da vida, mas que a vida é tão serena que engana o calendário dos dias com as datas da esperança, e as comemorações das conquistas.

Imenso na humildade do conhecimento, e maior ainda na sua simplicidade de saber que aprender é exercício de mente e burilar de alma.

Um homem que nas palavras traz Deus e no lume do seu olhar se pode ver a silhueta de um Cristo que respira com a sua alma.

Ser de luz que encanta sem falar, que nos emociona com o sorriso, e nos deixa feliz com a sua presença.

Um homem que deveria existir em cada um de nós: Um homem que não merece morrer.

 

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Texto dedicado a Paulo Mendes: Um homem que não merece morrer.

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